O Livro de Apocalipse!

Capitulados em ordem cronológica, iremos a partir de hoje, publicaremos uma série de estudos sobre:

O Livro de Apocalipse!
Por Pr. Wesley Martins

CAPÍTULO I - - POVO DE DEUS.

Povo de Deus é um povo exclusivo, separado para o servir, fazer a sua vontade e glorificar o seu nome. Daí , ter Ele feito a primeira aliança com Adão, que iria povoar a terra com a raça humana, isenta do mal e nos parâmetros de Deus. Adão seria o patriarca único de toda humanidade. Deus sempre estabelece sua aliança com o “cabeça”, ou patriarca do povo que Ele quer escolher,sendo o escolhido o representante desse povo, ao qual deve passar a ensinar o que de Deus recebe. Deus elege, ou escolhe um povo através de alianças. Uma aliança é um pronunciamento soberano de Deus, através do qual Ele estabelece um relacionamento de responsabilidade, do seguinte modo:

a) Entre Ele mesmo e um indivíduo (Ex.: com Adão na Aliança Edênica, Gen.2:16).
b) Ele mesmo e a humanidade em geral (Ex: Na promessa da Aliança Noética, de nunca mais destruir toda a carne com um dilúvio.Gen. 9:9).
c) Entre Ele mesmo e uma nação (Ex.: Com Israel, na Aliança Mosaica. Exodo 19:3).
d) Entre Ele mesmo e uma família humana específica (Ex.: Com a casa de Davi, na promessa de uma linhagem real perpetuada na Aliança Davídica. II Sam. 7:16).Uma aliança pode sobrepor-se a outras, como na Davídica, com bênçãos finais para todo o mundo em Jesus Cristo.

1.1 – Primeira aliança: ALIANÇA EDÊNICA (Prova de Obediência)

Gen.2:16,17 – “E lhe deu esta ordem: De toda árvore do jardim comerás livremente, mas da árvore do conhecimento do bem e do mal não comerás, porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás”. Nessa ordem, Adão recebeu uma bênção, uma ordenança e uma conseqüência (caso desobedecesse). A bênção é que recebia o direito de desfrutar de todo um jardim, que era um paraíso, com vida abundante, feliz e de regozijo, em plena comunhão com Deus. A ordenança era a “obediência”, o que Deus sempre amou e até hoje procura na vida dos seus servos, como Abraão (Gen.12:4) e outros mais (I Sam.15:22). A conseqüência da desobediência é o pecado e a morte que ele traz e que, infelizmente, cumpriu-se na desobediência de Adão (Gen.3:6). Assim, por causa da quebra dessa aliança, toda a raça humana se tornou pecadora e mortal.

1.2 – Segunda aliança: ALIANÇA ADÂMICA (Promessa de redenção - Gen.3:14,15)

Nessa aliança, Deus fez a promessa da redenção, através da qual surgiria um povo redimido, por meio da semente da mulher, Jesus Cristo, que teria vitória sobre o pecado e seu causador, que é Satanás. Jesus, evidentemente, cumpriu essa promessa, ferindo a Satanás e a toda a sua semente (Col.2:14,15; Fil.2:9-11).

1.3 – Terceira aliança: ALIANÇA NOÉTICA (Governo humano e repressão do pecado - Gen.9:1-17


Tendo o pecado proliferado, aconteceu o primeiro homicídio, quando Caim matou Abel (Gen.4:8) e surgiu duas descendência: a de Caim, maligna e a de Sete, benigna, que começou a buscar ao Senhor (Gen.4:25,26).
Da descendência de Sete surgiu a esperança da raça humana, com Noé, escolhido pela graça (Gen.6:8), em que Deus preservou a humanidade salvando-o do dilúvio, com sua família, com quem fez a terceira aliança.

Detalhes da terceira aliança:
1) Deus abençoa e refaz suas promessas (Cap.9:1,2).
2) Amplia a bênção, incluindo a carne na dieta do homem (v.3).
3) Faz a primeira ordenança, com restrição do sangue (vs. 4-6).
4) Ordena a bênção da fecundidade (v.7).
5) Estabelece a aliança com todos os seres viventes (vs. 9 e 10).
6) Promete não mais mandar o dilúvio sobre a terra (v. 11).
7) Estabelece o arco-íris como sinal dessa aliança (vs. 12-17)

Uma aliança que Deus estabelece nunca cancela a anterior, mas a inclui e amplia suas promessas.
O homem sempre se desviou dos propósitos de Deus e quebrou suas alianças, mas Deus permanece fiel.
Os descendentes de Noé acabaram por se desviar, negligenciando a Aliança Noética, até que surgiu outro homem de fé, Abraão, com quem Deus renova sua aliança.

1.4 – Quarta Aliança: ALIANÇA ABRAÂMICA (Promessa de bênçãos a todos os povos – Gen.12:2,3; 13:14,15; 15:1,4 a 6...).

Deus separa Abraão, para constituir dele um povo, fazendo-o patriarca de todas as famílias da terra.
Abraão se tornou o patriarca de Israel, tanto como nação (Judeus) como o Israel espiritual, a Igreja (os salvos). Assim, no cap. 15:1-6, Deus confirma com Abraão sua aliança e lhe fala de uma semente espiritual (v.15), herdeiros dos bens futuros, que é a Igreja, sendo o Israel físico figura do espiritual.
Jesus estabeleceu a Igreja, Israel espiritual de Deus, sendo ele descendente de Abraão, como homem, mas filho de Deus. Dele depende a bênção para todos, tanto Judeus como Gentios, tanto Israel nação como Igreja (Rom.3:23,24; Rom.1:16; Rom.10:12).
Deus confirma sua aliança com Abraão em Gen.17:6-8 e 22:15 a 18; Também com seus descendentes: com Isaque (Gen.26:25) e com Jacó (Gen.28:13-15).
Confirma a bênção sobre seu povo, levantando Moisés para o livramento do cativeiro egípcio (Êxodo. 3:6-9).

1.5 – Quinta aliança: ALIANÇA MOSAICA (A vontade de Deus revelada na lei – Ex.19:5-6).

Esta aliança se expressa em três divisões, essenciais umas às outras, que são:
a) Os mandamentos que expressam a justa vontade de Deus (Êxodo 20:1a-26b) Os juízos, regulando a vida social de Israel (Ex.: 21:1 a 24:11) e c) As ordenanças, governando a vida religiosa de Israel (Êxodo 24:12 a 31:18).
Deus revela nesta aliança o desejo de ter seu povo como propriedade peculiar dele, destacando-se de todos os povos, visto que todos pertencem ao Senhor. Mas Israel seria um reino de sacerdotes, uma nação santa, através de quem Ele abençoaria todas as outras nações que lhe fossem submissas e julgasse a todas que necessitassem de juízo. Israel seria a “nação padrão para toda terra”. Entretanto, Israel (judeus) ainda não correspondeu aos propósitos de Deus. Mas nós, como Igreja, somos tudo isto, como participantes do reino de Deus, em Cristo Jesus.
1.6 - Sexta aliança: ALIANÇA PALESTINIANA (Promessas de perdão e bênçãos – Dt.30:3 a 10).

Nesta aliança Deus demonstra sua misericórdia e amor ao seu povo, prometendo-lhe que, ainda que pecasse quebrando sua aliança, fosse disperso entre as nações, mas se arrependesse, Ele lhe ajuntaria de novo em sua terra. Ainda mais: derramaria bênçãos abundantes sobre ele mais do que a seus pais.
Os capítulos 29 e 30 fazem um relato, mostrando ao povo sua história, desde o livramento do cativeiro, por Moisés, falando da obediência como garantia de bênçãos e da desobediência como causa de maldições.
Mas um coração quebrantado e contrito move o coração de Deus ! (Sl.34:18. Sl.51:17).

1.7 – Sétima aliança: ALIANÇA DAVÍDICA (Promessa de um trono estabelecido para sempre – II Sam. 7:16-17).

Todo o texto de cap. 7:4 a 17 fala sobre a aliança feita com Davi e o cuidado de Deus em o separar como “príncipe do povo de Israel” (v.8), pois Ele encontrou em Davi “um varão conforme o seu coração” (Sl.89:20; I Sm.13:14; At.13:22).
Na aliança Davídica Deus confirma e estabelece o futuro reino de Cristo, o qual, segundo a carne, veio da descendência de Davi (Rm.1:3). Por isso teria que ser perpétuo, trazendo as seguintes promessas:

1) Promessa da posteridade na casa de Davi;
2) Um trono simbólico de autoridade real;
3) Um reino, ou governo sobre a terra; e
4) Certeza de cumprimento, pois são promessas estabelecidas para sempre.
Jesus é o herdeiro supremo desse trono, nele são cumpridas todas as promessas, inclusive o reino, que será concretizado no milênio e sobre todas as nações.

“Eu sou a raiz e a geração de Davi, a resplandecente estrela da manhã”(Ap.22:16).

1.8 – Oitava aliança: A NOVA ALIANÇA (Aliança perpétua e definitiva – Hebr. 8:7-12).

A Nova Aliança é perfeita suficiente e definitiva, porque é feita em Cristo Jesus e firmada no sangue por Ele derramado.
Primeira aliança, citada no texto, representa todas as alianças feitas no A. T., visto que as subseqüentes confirmam e incluem as anteriores e são chamadas no v. 7 de imperfeita. Mas, era imperfeita por parte do homem, porque não dava a estes elementos para cumpri-la; Entretanto, da parte de Deus era perfeita, porque Ele sempre é fiel no cumprimento das promessas.
Deus sempre manteve e renovou suas alianças com o homem, porque esse era o meio de alcançar a última aliança, a Nova Aliança, em Cristo Jesus.
Sob a Aliança Mosaica, que persistia nos sacrifícios de animais e rituais impostos, a obediência era fruto do temor. Sob a Nova Aliança, a obediência brota de um coração e mentes dispostos, em que há a revelação do Senhor a cada crente.
Jesus instituiu a Nova Aliança, pelo seu sangue, fazendo da Ceia do Senhor os símbolos desta Aliança (Mt.26:28. Mc.14:24).

W.M.B. /w.m.b.
Bibliografia: Bíblia Scothfield, etc.